Quando passei por aqui, no último post, eu tinha saído da empresa anterior e prometi para mim mesma voltar a escrever e postar no blog. Porém, meu incentivador acabou "partindo" e eu desanimei.
Agora, em outra empresa desde Abril, volto a aparece.
Deixarei um texto que um amigo mandou como início de uma nova volta.
O tempo
Texto de Max Gehringer:
"Como os brasileiros contam o tempo"
Muitos executivos de outros países têm vindo trabalhar em empresas brasileiras. E a maioria deles se depara com uma grande dificuldade, que é entender a maneira como nós contamos o tempo no Brasil.
Uma pergunta simples é: "Quanto vai demorar para o trabalho ficar pronto?" Uma resposta como "12 minutos" nem passaria pela cabeça de um brasileiro. Porque nós somos muito mais criativos do que isso.
Portanto a resposta mais usual é: depende.
E no Brasil, depende é uma medida quântica, porque envolve várias incógnitas, e todas elas, desfavoráveis. Em algumas situações, depende pode até significar imediatamente. Mas esse tipo de resultado, até hoje, só foi conseguido com cobaias, em teste de laboratório.
Outra resposta é já já. Para quem ouve, já já pode parecer uma medida de tempo mais rápida do que já. Mas é o contrário. Já quer dizer agora. Já já quer dizer "assim que eu terminar o que estou fazendo, vou pensar a respeito".
E tem também o logo. Logo quer dizer que uma providência pode levar entre 5 minutos e centenas de anos. Por exemplo, "logo chegaremos à Marte".
E tem também o um minutinho, que é um intervalo de tempo que nada tem a ver com 60 segundos e raramente leva menos que 20 minutos.
E finalmente há o veja bem e o com certeza. A diferença entre os dois é que o veja bem é um com certeza um pouco mais detalhado. Mas no fundo, as duas expressões querem dizer a mesma coisa: ou seja, depende.
Como se vê, nós não somos um povo muito complicado. Nós até que nos entendemos muito bem. Quem vem de fora é que não compreende que amanhã sem falta significa preciso de mais um dia para pensar numa boa desculpa.